A única vitória que perdi
Foi aquela que procurei e de que fugi.
Num momento desejava
Noutro, já receava…
É triste quando o que por tanto lutamos
Se transforma naquilo que rejeitamos…
Oh triste vida que nos confunde,
Indecisão e incerteza surge,
Consome-nos a alma continuamente
O medo vai crescendo lentamente
E agora sou eu… Somente.
Veneno, antídoto transformou
E a mudança assim se iniciou
Já Camões assim dizia:
“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”
Da vida é por isso filosofia
Daqueles que há muito abandonaram as saudades.
E por isso a única vitória que perdi
Começou quando mudei e acabou quando fugi.
quinta-feira, 19 de junho de 2008
sábado, 7 de junho de 2008
A AVÓ A CIDADE E O SEMÁFORO
Se não fosse aquele amável semáforo, o que seria dela?
Todos os dias, a avó se “aperaltava” por volta das 4 horas da tarde.
Calça azul escura, casaquinho com pele de coelho na gola, sapatos de salto baixo (que as pernas já não são o que eram…); pó-de-arroz na cara, rouge nas bochechinhas e um baton bem vermelhinho. Por detrás duns óculos de aros dourados, espreitavam uns olhinhos azuis muito vivos e brilhantes. Como remate uma boina verde descaída sobre a orelha direita.
Às cinco, as amigas esperavam por ela na “Brasileira”. Às cinco e meia, os dois netos saíam do colégio e passavam pela pastelaria para lhe dar um beijinho.
A casa da avó não ficava longe da “Brasileira”, mas o trânsito era tão intenso e os semáforos faziam-lhe muita confusão, sempre mudando de cor…
A sua sorte foi o tal, o simpático, o semáforo da sua rua…
Um dia, ela ia pôr o pé fora do passeio (distraída), quando ouviu um aflitivo: - “Psssst…Psssst…”! Olhou e, era o semáforo que falava com ela: -“Avó, não pode! Não vê que estou verde para os carros e vai ser atropelada?”
Ficou tão nervosa e atordoada que ele (o semáforo), até lhe deu uma pancadinha nas costas para a acalmar.
- Ó avó – disse ele – passe aqui o braço à minha volta e leve-me consigo!
A avó ainda ia começar a dizer que ele devia ser muito pesado mas, pasmada, verificou que o semáforo era leve como uma pena.
E lá foram!
Agora já não é espanto para ninguém. De há uns tempos para cá, nas ruas perto da "Brasileira”, há uma senhora já idosa, que por volta das 4 horas da tarde, atravessa calmamente e em segurança ruas e avenidas.
Pudera! Leva com ela um amável semáforo de luz vermelha permanentemente acesa.
Os carros param e os condutores com um sorriso de espantosa compreensão, fazem-lhe um amigável aceno.
E pronto! A avó lancha com as amigas, recebe um beijinho dos netos e mais tarde voltará para casa.
Encostado à cadeira do Fernando Pessoa, bocejando piscadelas intermitentes de luz amarela, lá está o semáforo à sua espera.
E por força do hábito, o Poeta, na sua cabeça de estátua vai versejando:
“Vomitando amarelos
Na mesa do meu café
Não é bicho nem é homem
Que diabo é que isto é???”
Todos os dias, a avó se “aperaltava” por volta das 4 horas da tarde.
Calça azul escura, casaquinho com pele de coelho na gola, sapatos de salto baixo (que as pernas já não são o que eram…); pó-de-arroz na cara, rouge nas bochechinhas e um baton bem vermelhinho. Por detrás duns óculos de aros dourados, espreitavam uns olhinhos azuis muito vivos e brilhantes. Como remate uma boina verde descaída sobre a orelha direita.
Às cinco, as amigas esperavam por ela na “Brasileira”. Às cinco e meia, os dois netos saíam do colégio e passavam pela pastelaria para lhe dar um beijinho.
A casa da avó não ficava longe da “Brasileira”, mas o trânsito era tão intenso e os semáforos faziam-lhe muita confusão, sempre mudando de cor…
A sua sorte foi o tal, o simpático, o semáforo da sua rua…
Um dia, ela ia pôr o pé fora do passeio (distraída), quando ouviu um aflitivo: - “Psssst…Psssst…”! Olhou e, era o semáforo que falava com ela: -“Avó, não pode! Não vê que estou verde para os carros e vai ser atropelada?”
Ficou tão nervosa e atordoada que ele (o semáforo), até lhe deu uma pancadinha nas costas para a acalmar.
- Ó avó – disse ele – passe aqui o braço à minha volta e leve-me consigo!
A avó ainda ia começar a dizer que ele devia ser muito pesado mas, pasmada, verificou que o semáforo era leve como uma pena.
E lá foram!
Agora já não é espanto para ninguém. De há uns tempos para cá, nas ruas perto da "Brasileira”, há uma senhora já idosa, que por volta das 4 horas da tarde, atravessa calmamente e em segurança ruas e avenidas.
Pudera! Leva com ela um amável semáforo de luz vermelha permanentemente acesa.
Os carros param e os condutores com um sorriso de espantosa compreensão, fazem-lhe um amigável aceno.
E pronto! A avó lancha com as amigas, recebe um beijinho dos netos e mais tarde voltará para casa.
Encostado à cadeira do Fernando Pessoa, bocejando piscadelas intermitentes de luz amarela, lá está o semáforo à sua espera.
E por força do hábito, o Poeta, na sua cabeça de estátua vai versejando:
“Vomitando amarelos
Na mesa do meu café
Não é bicho nem é homem
Que diabo é que isto é???”
:) Feito com auxílio.
segunda-feira, 2 de junho de 2008
Chuva
Pequenos diamantes que caem,
Cristais de pura essência.
Afogam ruas, caminhos e vales.
São as lágrimas dos céus.
Limpam e escondem tristezas.
Do nosso mundo são véus.
Trazem paz mas também medo.
Sua calma pode ser tormenta.
Iludem os loucos, felizes de seu mundo.
Nem escapam os outros no seu buraco profundo.
A todos chegam, a todos atingem.
Felicidade ou tristeza,
Com elas de mãos dadas.
Da mais pura realeza
Caem elas apagadas.
De negros mantos surgem,
Por vezes até dos imaculados.
Acompanham também os raios,
Medos, fúrias e relâmpagos.
Seus sons são variados.
Calmos mas outrora apaixonados.
De uma paixão dura e fria,
Marcam assim o nosso dia.
As lágrimas que caem do céu.
Afinal o que são?
Nada mais que apenas gotas.
Trazendo talvez uma ilusão.
Alícia Ventura
Cristais de pura essência.
Afogam ruas, caminhos e vales.
São as lágrimas dos céus.
Limpam e escondem tristezas.
Do nosso mundo são véus.
Trazem paz mas também medo.
Sua calma pode ser tormenta.
Iludem os loucos, felizes de seu mundo.
Nem escapam os outros no seu buraco profundo.
A todos chegam, a todos atingem.
Felicidade ou tristeza,
Com elas de mãos dadas.
Da mais pura realeza
Caem elas apagadas.
De negros mantos surgem,
Por vezes até dos imaculados.
Acompanham também os raios,
Medos, fúrias e relâmpagos.
Seus sons são variados.
Calmos mas outrora apaixonados.
De uma paixão dura e fria,
Marcam assim o nosso dia.
As lágrimas que caem do céu.
Afinal o que são?
Nada mais que apenas gotas.
Trazendo talvez uma ilusão.
Alícia Ventura
sexta-feira, 2 de maio de 2008
Entrada no Céu
Depois de longas horas na sala de espera do purgatório, tinha tido tempo para pensar no que fiz e que podia ter feito ao longo da minha curta vida. Morri cedo (com apenas 13 anos). Quis o azar (ou o Diabo) que tivesse um fim trágico.
Foi numa sexta-feira, a 13 de Outubro, que todo este horrivel aparato aconteceu. Quando ia a caminho de casa fui atropelado por um camião que andava descontrolado pela estrada. Podia ter sido mais um atropelamento que se ia tornando comum em Portugal (atropelamento e fuga), não fosse o que me tinha acontecido antes. Nunca fui daqueles que acreditava em superstições e até costumava troçar disso. Agora arrependo-me, e como eu gostava de recuar para tempos atrás!
Enfim, o meu caminho da escola para casa naquele dia foi muito estranho. Mas realmente, tudo começou no almoço da cantina da escola. Éramos um grupo de treze pessoas sentadas à mesa a almoçar. E como diz o povo, treze à mesa é sinal de azar. Quando já ia para casa, um enorme escadote apareceu-me a tapar o caminho e eu, para não perder mais tempo, nem pensei duas vezes e passei por debaixo dele. Como se não bastasse, poucos segundos antes de ir atravessar a estrada vi um gato preto do outro lado e como à terceira é de vez, o azar acabou mesmo por me derrotar.
E agora aqui estou eu, às portas do Céu. É este o lugar onde irei "viver" eternamente. O azar que tive, esse, não interferiu na minha entrada, pois apesar de todo o mal que possa ter passado enquanto era vivo, o Bem acaba realmente por vencê-lo !
Por: Flávia Freire
Foi numa sexta-feira, a 13 de Outubro, que todo este horrivel aparato aconteceu. Quando ia a caminho de casa fui atropelado por um camião que andava descontrolado pela estrada. Podia ter sido mais um atropelamento que se ia tornando comum em Portugal (atropelamento e fuga), não fosse o que me tinha acontecido antes. Nunca fui daqueles que acreditava em superstições e até costumava troçar disso. Agora arrependo-me, e como eu gostava de recuar para tempos atrás!
Enfim, o meu caminho da escola para casa naquele dia foi muito estranho. Mas realmente, tudo começou no almoço da cantina da escola. Éramos um grupo de treze pessoas sentadas à mesa a almoçar. E como diz o povo, treze à mesa é sinal de azar. Quando já ia para casa, um enorme escadote apareceu-me a tapar o caminho e eu, para não perder mais tempo, nem pensei duas vezes e passei por debaixo dele. Como se não bastasse, poucos segundos antes de ir atravessar a estrada vi um gato preto do outro lado e como à terceira é de vez, o azar acabou mesmo por me derrotar.
E agora aqui estou eu, às portas do Céu. É este o lugar onde irei "viver" eternamente. O azar que tive, esse, não interferiu na minha entrada, pois apesar de todo o mal que possa ter passado enquanto era vivo, o Bem acaba realmente por vencê-lo !
Por: Flávia Freire
terça-feira, 22 de abril de 2008
Entrada no céu
Joana e Mónica tinham partido já tarde, por volta das dezoito horas, mas como era Inverno a noite caiu muito rapidamente. Mesmo assim elas nem notaram, estavam tão entusiasmadas com as suas férias que tudo parecia perfeito, as duas num apartamento em plena Lisboa, isso sim.
De repente começou a chover, a chover intensamente, e pouco ou nada se via da estrada.
Mónica, que ia a conduzir, sentiu-se atrapalhada e decidiu parar um pouco, mas Joana insistiu muito para que não parassem pois queria chegar depressa, e com tanta insistência acabaram por continuar.
Viram umas luzes, um pouco desfocadas devido à chuva, que se aproximavam cada vez mais.
No meio de gritos e pancadas por fim veio o silêncio. Da cara ensanguentada de Mónica caíram duas lágrimas e os seus olhos fecharam-se. Olharam para uma luz linda e brilhante, muito diferente das outras, e que transmitia muita paz.
Mónica lembrou-se da sua mãe e chorou de saudades, e disse:
_ Anda Joana, é a entrada do céu.
Mas Joana, com tanto sentimento de culpa por não ter deixado parar o carro, não conseguiu entrar e viu a amiga partir, para um sítio melhor. Poucas horas depois acordou no hospital, mas nunca mais foi a mesma.
De repente começou a chover, a chover intensamente, e pouco ou nada se via da estrada.
Mónica, que ia a conduzir, sentiu-se atrapalhada e decidiu parar um pouco, mas Joana insistiu muito para que não parassem pois queria chegar depressa, e com tanta insistência acabaram por continuar.
Viram umas luzes, um pouco desfocadas devido à chuva, que se aproximavam cada vez mais.
No meio de gritos e pancadas por fim veio o silêncio. Da cara ensanguentada de Mónica caíram duas lágrimas e os seus olhos fecharam-se. Olharam para uma luz linda e brilhante, muito diferente das outras, e que transmitia muita paz.
Mónica lembrou-se da sua mãe e chorou de saudades, e disse:
_ Anda Joana, é a entrada do céu.
Mas Joana, com tanto sentimento de culpa por não ter deixado parar o carro, não conseguiu entrar e viu a amiga partir, para um sítio melhor. Poucas horas depois acordou no hospital, mas nunca mais foi a mesma.
Em homenagem à sua amiga, Joana escreveu um livro com o título "Entrada no Céu".
quarta-feira, 16 de abril de 2008
Na Tal Noite
Ela estava na varanda a olhar para o céu estrelado. Desde a morte da sua mãe, havia dois anos, que ia para lá todas as noites, pois as estrelas traziam-lhe recordações dela. De repente, uma das estrelas começou a brilhar mais intensamente e à sua frente apareceram pontinhos brilhantes, que logo começaram a formar uma imagem, a imagem da sua mãe. Não... não era uma imagem ...era o fantasma da sua mãe...
- Minha querida, eu estarei sempre contigo a partir de agora e só tu me poderás ver. - Disse-lhe o fantasma da mãe.
- O quê?! Eu devo estar a sonhar! Isto não pode ser real...
-Não te assustes! Esta é a única maneira de comunicarmos, através dos teus sonhos.
- Mas se são sonhos então não é real, certo?
- Não. Eu estou mesmo a falar contigo, mas através de um sonho.
- Uau! Eu nem sabia que isso era possível!
- É possível, mas também é raro. A partir de hoje falarei contigo todas as noites. Agora tenho de ir, mas volto amanhã.
- Adeus!
Da mesma forma que aparecera, o fantasma da sua mãe voltou a desaparecer.
Quando acordou, pensou que tudo aquilo era um simples sonho, mas na noite seguinte a mãe voltou a parecer, e nas que se lhe seguiram também. Então, ela percebeu que não era um simples sonho - tal como a mãe lhe havia dito, era uma forma de comunicarem.
- Minha querida, eu estarei sempre contigo a partir de agora e só tu me poderás ver. - Disse-lhe o fantasma da mãe.
- O quê?! Eu devo estar a sonhar! Isto não pode ser real...
-Não te assustes! Esta é a única maneira de comunicarmos, através dos teus sonhos.
- Mas se são sonhos então não é real, certo?
- Não. Eu estou mesmo a falar contigo, mas através de um sonho.
- Uau! Eu nem sabia que isso era possível!
- É possível, mas também é raro. A partir de hoje falarei contigo todas as noites. Agora tenho de ir, mas volto amanhã.
- Adeus!
Da mesma forma que aparecera, o fantasma da sua mãe voltou a desaparecer.
Quando acordou, pensou que tudo aquilo era um simples sonho, mas na noite seguinte a mãe voltou a parecer, e nas que se lhe seguiram também. Então, ela percebeu que não era um simples sonho - tal como a mãe lhe havia dito, era uma forma de comunicarem.
segunda-feira, 14 de abril de 2008
Na tal noite
Já tinham caminhado por léguas e léguas. O acampamento não se avistava. A lua banhava as areias do deserto como a um mar de prata. Samir, o xeque que estava disfarçado de camponês para sua segurança, guiava a pequena caravana junto com Malik, seu eterno companheiro. Ao longo da sua caminhada já tinham perdido vidas e os camelos já haviam perdido quase todas as suas forças. Até que, finalmente, avistaram o Oásis de Prata. Já faltava pouco até ao acampamento desconhecido do xeque, usado aquando do perigo de conspirações contra os governantes. Não aguentavam enfrentar mais uma noite do deserto sem descanso. Decidiram ficar ali, até que todos se sentissem melhor e os camelos recuperassem as suas forças. Samir era até ao momento o xeque mais honesto e humano de todos, mas nada impedia os conflitos antigos. Nessa noite preferiu montar a sua tenda afastada das restantes; precisava de paz, de se isolar e esquecer tudo o que se passava à sua volta. Mas nessa noite, algo estava diferente; algo, não, alguém. Radija, secreta paixão do xeque, sentia que apenas ela podia apaziguar Samir, e embora sua paixão fosse apenas um sussurro entre os loucos, não podia vê-lo assim. Quando a lua ia alta, saiu de sua tenda e foi ter com ele. Samir estava pensativo no canto da sua tenda, ao ver Radija, esta com o medo de ser vista espelhado nos seus olhos, algo no seu corpo estremeceu. Vê-la assim fê-lo perceber que o que a sua alma lhe pedia não era isolamento, fuga da realidade. Era Radija. Nessa noite Samir esqueceu-se de todos os conflitos. Apenas queria agarrar um pouco de paz e felicidade. Sob a lua cheia, nessa noite de prata, barreiras foram quebradas. Não iriam mais esconder o que lhes dava vida. Embora ainda não o soubessem, nessa noite o destino de um reino foi traçado.
domingo, 13 de abril de 2008
Mana Celulina, a esferográvida
Numa pequena aldeia, mesmo no meio do baixo estava uma jovem sozinha sentada no passeio. Todos os dias era o mesmo, estava sempre sozinha; seu nome era Célia, mas todos lhe chamavam "Mana Celulina, a esfera", pois ela era um pouco gordinha e todos de afastavam.
Certo dia, lá estava ela sozinha, como todos os outros dias, quando um carro se aproxima e um senhor muito simpático a convida para um passeio. Ela lá entrou, e no carro foi tratada como uma princesa.
Quando chegou a um sítio muito bonito e simpático, o homem saiu do carro e começou a tornar-se violento, e a pobre rapariga foi violada. Aterrorizada gritou mas ninguém a ouviu.
Pouco tempo depois Célia desmaiou, e ao acordar estava de volta à mesma rua, ao mesmo passeio de sempre, mas ainda sentia o cheiro daquele homem horrível.
Um mês depois descobriu que estava grávida. A sua vida desmoronou-se, tudo ficou pior do que já era; estar grávida aos 15 anos era a pior coisa que lhe podia acontecer.
Quando todos os seus colegas descobriram, em vez de a tentar ajudar, ainda gozaram mais com ela, o seu nome passou a ser “Mana Celulina, a esferográvida”. A sua vida não voltou a ser a mesma, todos a desprezavam ainda mais do que antes.
Certo dia, lá estava ela sozinha, como todos os outros dias, quando um carro se aproxima e um senhor muito simpático a convida para um passeio. Ela lá entrou, e no carro foi tratada como uma princesa.
Quando chegou a um sítio muito bonito e simpático, o homem saiu do carro e começou a tornar-se violento, e a pobre rapariga foi violada. Aterrorizada gritou mas ninguém a ouviu.
Pouco tempo depois Célia desmaiou, e ao acordar estava de volta à mesma rua, ao mesmo passeio de sempre, mas ainda sentia o cheiro daquele homem horrível.
Um mês depois descobriu que estava grávida. A sua vida desmoronou-se, tudo ficou pior do que já era; estar grávida aos 15 anos era a pior coisa que lhe podia acontecer.
Quando todos os seus colegas descobriram, em vez de a tentar ajudar, ainda gozaram mais com ela, o seu nome passou a ser “Mana Celulina, a esferográvida”. A sua vida não voltou a ser a mesma, todos a desprezavam ainda mais do que antes.
segunda-feira, 7 de abril de 2008
Meia culpa, meia própria culpa
Num instante feliz, a minha felicidade é feita por instantes e tu és o culpado disso.
As nossas conversas prolongadas por mensagens acabam sempre bem, trazem recordações maravilhosas, trazem-me um sorriso de orelha a orelha, uma felicidade jamais sentida; são momentos únicos, especiais, doces, bonitos e meigos, que tornam perfeito tudo o que está à minha volta, o que faz o meu coração palpitar de alegria, e me deixa perdida nas nossas recordações.
Após uma noite passada em pulgas, tudo acaba num simples olhar e num abraço, ambos frios. No outro dia tudo é diferente - é como se nada tivesse acontecido, tu és mais frio que o Polo Norte no Inverno, e mais uma vez acaba-se o meu único instante de felicidade. Depois de esperar ansiosamente por te ter nos meus braços vejo que mais uma vez não é isso que acontece.
A culpa também é minha...minha culpa de te amar, culpa de fazer tudo por ti, culpa de não resistir ao teu sorriso, culpa de estar presente sempre que precisas, culpa de fazer tudo o que tu queres. Mas afinal é isso o Amor? entregar-se de corpo e alma a uma pessoa e sofrer por essa pessoa fazer pouco desse sentimento? Meia culpa tenho eu de te amar...e sei que hoje ao deitar-me, antes de me deixar adormecer, tu mandarás mais uma mensagem e eu ansiosamente esperarei por ela, porque o amor é assim, feito de ilusões e desilusões, e mais uma vez teremos uma conversa agradável, mas desta vez não dormirei em paz, porque a minha meia culpa, minha meia própria culpa me fará sofrer no amanhecer.
Ana Carolina Paz Amorim
As nossas conversas prolongadas por mensagens acabam sempre bem, trazem recordações maravilhosas, trazem-me um sorriso de orelha a orelha, uma felicidade jamais sentida; são momentos únicos, especiais, doces, bonitos e meigos, que tornam perfeito tudo o que está à minha volta, o que faz o meu coração palpitar de alegria, e me deixa perdida nas nossas recordações.
Após uma noite passada em pulgas, tudo acaba num simples olhar e num abraço, ambos frios. No outro dia tudo é diferente - é como se nada tivesse acontecido, tu és mais frio que o Polo Norte no Inverno, e mais uma vez acaba-se o meu único instante de felicidade. Depois de esperar ansiosamente por te ter nos meus braços vejo que mais uma vez não é isso que acontece.
A culpa também é minha...minha culpa de te amar, culpa de fazer tudo por ti, culpa de não resistir ao teu sorriso, culpa de estar presente sempre que precisas, culpa de fazer tudo o que tu queres. Mas afinal é isso o Amor? entregar-se de corpo e alma a uma pessoa e sofrer por essa pessoa fazer pouco desse sentimento? Meia culpa tenho eu de te amar...e sei que hoje ao deitar-me, antes de me deixar adormecer, tu mandarás mais uma mensagem e eu ansiosamente esperarei por ela, porque o amor é assim, feito de ilusões e desilusões, e mais uma vez teremos uma conversa agradável, mas desta vez não dormirei em paz, porque a minha meia culpa, minha meia própria culpa me fará sofrer no amanhecer.
Ana Carolina Paz Amorim
domingo, 6 de abril de 2008
OVNIs Turistas
A Rtp 2 apresentou um documentário sobre as visitas de OVNIs ao nosso país. Parece que em 1995, Alfende foi "visitada" por algo. Várias testemunhas fizeram o perfil do dito objecto voador, algo esférico com quatro apêndices. O fotógrafo profissional lá do sítio tirou quatro fotos ao objecto em movimento. Como se encontrava perto, as imagens são bastante nítidas. Investigadores portugueses fizeram experiências com balões metereológicos para compararem com o objecto voador. Como este não se assemelhava em nada aos balões, contactaram a NASA e enviaram as fotos.
Lá, o caso foi investigado por especialistas, e dada a qualidade das imagens, comprovou-se que não eram falsas e que tinham sido tiradas por um profissional. O objecto visível nas fotografias foi comparado com outros objectos voadores usados na area de investigação, e não existiam quaisquer semelhanças com o dito OVNI. Até hoje ainda não se conhece nenhum objecto que se indentifique com o "visitante".
Alguns anos depois, pensa-se que o mesmo OVNI tenha sido fotografado numa cidade do Texas, mas quem tirou a foto estava muito distante, não sendo possível ter a certeza de que era o mesmo que visitou Portugal.
Mas de certeza que este OVNI nunca mais voltará a Portugal, ou pelo menos a Alfende, pois pelos vistos foi "apedrejado" por dois jovens, tendo sido esta a causa da sua fuga.
Verdade ou ficção, não se sabe. Mas uma coisa vos digo, o Universo é grande demais para estarmos sozinhos nele!
Lá, o caso foi investigado por especialistas, e dada a qualidade das imagens, comprovou-se que não eram falsas e que tinham sido tiradas por um profissional. O objecto visível nas fotografias foi comparado com outros objectos voadores usados na area de investigação, e não existiam quaisquer semelhanças com o dito OVNI. Até hoje ainda não se conhece nenhum objecto que se indentifique com o "visitante".
Alguns anos depois, pensa-se que o mesmo OVNI tenha sido fotografado numa cidade do Texas, mas quem tirou a foto estava muito distante, não sendo possível ter a certeza de que era o mesmo que visitou Portugal.
Mas de certeza que este OVNI nunca mais voltará a Portugal, ou pelo menos a Alfende, pois pelos vistos foi "apedrejado" por dois jovens, tendo sido esta a causa da sua fuga.
Verdade ou ficção, não se sabe. Mas uma coisa vos digo, o Universo é grande demais para estarmos sozinhos nele!
sábado, 5 de abril de 2008
Fehér
O momento que mais me emocionou desde que nasci foi a morte do jogador húngaro do Benfica, Mikos Fehér.
O Benfica, meu clube do coração, jogava frente ao Vitória de Guimarães, no estádio D. Afonso Henriques, a 25 de Janeiro. O dia ficou marcado para sempre pois o Benfica queria vencer, mas o jogo estava empatado quando, aos 60 minutos, Camacho decide lançar mais um avançado em campo.
Fehér, que se tinha esquecido das suas caneleiras, pediu a Nuno Gomes para lhe emprestar as suas, pois Nuno estava castigado.
O avançado húngaro fez a assistência para o único golo do jogo mas nas compensações, depois de travar um contra-ataque, vê um cartão amarelo, sorri pela última vez e cai inanimado no relvado. Acabou por morrer às 23:15 minutos, já no hospital.
O Benfica, meu clube do coração, jogava frente ao Vitória de Guimarães, no estádio D. Afonso Henriques, a 25 de Janeiro. O dia ficou marcado para sempre pois o Benfica queria vencer, mas o jogo estava empatado quando, aos 60 minutos, Camacho decide lançar mais um avançado em campo.
Fehér, que se tinha esquecido das suas caneleiras, pediu a Nuno Gomes para lhe emprestar as suas, pois Nuno estava castigado.
O avançado húngaro fez a assistência para o único golo do jogo mas nas compensações, depois de travar um contra-ataque, vê um cartão amarelo, sorri pela última vez e cai inanimado no relvado. Acabou por morrer às 23:15 minutos, já no hospital.
sábado, 22 de março de 2008
Oscar Wilde
Li um livro, O Retrato de Dorian Gray. Li-o por acaso, ou melhor, porque faz parte de uma lista que está no manual de Português e que, nós alunos, devemos ler. Depois de ler a lista um milhão de vezes lá me decidi, fui à mediateca da escola e lá vi o livro, e levei-o.
Tive uma má impressão nas primeiras páginas; não tenho muita paciência e a história parecia que não avançava. Pensei em desistir, já estava a ficar farta de ler sempre o mesmo. Mas enfim a coisa mudou, houve ali umas frases bastante profundas, por assim dizer, que me fizeram ter vontade de continuar a ler, algumas das quais aqui ficam "a única maneira de fugir a uma tentação é ceder-lhe" , " Hoje, cada qual tem medo de si próprio; esquece o maior dos deveres: o dever que tem consigo mesmo." .
Devo dizer que Lord Henry (personagem de O retrato de Dorian Gray) sabia falar. E dizia umas coisas bem bonitas que me fizeram ter uma perspectiva diferente, no entanto também era um homem um tanto ou quanto superficial, mas não foi essa parte que me fascinou mas sim o modo como ele considerava a vida.
Agora posso dizer que a história me despertou. Enfim, aconselho-vos a lerem porque é mais interessante do que possam imaginar. E mesmo depois dos problemas iniciais que tivemos (eu e o livro) agora está na lista dos meus preferidos. Quase todos os grandes amores começam assim.
PS: Oscar Wilde era um grande escritor.
segunda-feira, 3 de março de 2008
O amor com pontinha de giz
Querido Pau de Giz,
Não consigo passar sem o teu toque no meu verde garrafa. Fico indignado quando "aqueles" que ensinam, te atiram à cabeça dos pobre coitados, a quem lhe chamam alunos ou estudantes.
Se não fosses tu, eu não serviria para nada, pois és a razão do meu viver. És a minha felicidade.
Já tentei parar o velho do Sr. Apagador para não apagar as tuas belas "curvas".
Quero-te para sempre,
Do teu amado e querido Quadro.
Não consigo passar sem o teu toque no meu verde garrafa. Fico indignado quando "aqueles" que ensinam, te atiram à cabeça dos pobre coitados, a quem lhe chamam alunos ou estudantes.
Se não fosses tu, eu não serviria para nada, pois és a razão do meu viver. És a minha felicidade.
Já tentei parar o velho do Sr. Apagador para não apagar as tuas belas "curvas".
Quero-te para sempre,
Do teu amado e querido Quadro.
sábado, 1 de março de 2008
Cheques Dentistas
Ora parece que o nosso governo decidiu finalmente dar uma espreitadela aos dotes dentários da população. Pena apenas abranger os idosos e as grávidas. Passo a explicar.
Entrou este ano em vigor uma lei que diz que os idosos com pouco poder económico vão passar a receber um cheque anual de 80 euros para cuidar da sua saúde dentária. Claro que com a economia actual do nosso país, 80 euros por ano não dão para muita coisa, mas sempre dão para arrancar um dentinho.
As grávidas já dispõem de um cheque de 120 euros, com validade até 60 dias após o parto. Dois meses após o nascimento da criança terão de voltar a pagar do seu bolso as consultas do dentista, até ficarem idosas; ai, já podem usufruir do dinheiro do Estado.
Até se poderia usar o dinheiro para outras coisas, não fosse o facto de os cheques serem mesmo destinados apenas para o tratamento da saúde dentária. Devemos ficar orgulhosos do nosso governo! Afinal de contas, não é todos os dias que se criam leis com o propósito de apenas ajudar a população e não de a prejudicar.
Entrou este ano em vigor uma lei que diz que os idosos com pouco poder económico vão passar a receber um cheque anual de 80 euros para cuidar da sua saúde dentária. Claro que com a economia actual do nosso país, 80 euros por ano não dão para muita coisa, mas sempre dão para arrancar um dentinho.
As grávidas já dispõem de um cheque de 120 euros, com validade até 60 dias após o parto. Dois meses após o nascimento da criança terão de voltar a pagar do seu bolso as consultas do dentista, até ficarem idosas; ai, já podem usufruir do dinheiro do Estado.
Até se poderia usar o dinheiro para outras coisas, não fosse o facto de os cheques serem mesmo destinados apenas para o tratamento da saúde dentária. Devemos ficar orgulhosos do nosso governo! Afinal de contas, não é todos os dias que se criam leis com o propósito de apenas ajudar a população e não de a prejudicar.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
Carta de Amor
Meu Colacaozinho,
Escrevo-te para te dizer que és a pessoa mais doce que conheci. És tu que me dás outra cor e outro sabor.
Já não consigo viver sem ti, és tudo para mim. Juntos somos imbatíveis, eu fico todo achocolatado e todos nos olham, com inveja da forma como nos misturamos.
Meu docinho, meu coração acastanhado, eu amo-te acima de tudo. Se tudo acabasse, eu derramava-me todo, chorava com as minhas lágrimas brancas a quem tu dás cor. Sem ti não sou nada.
Quando vais para o teu armário e fico horas sem te ver, fico com imensas saudades tuas, mas quando nos juntamos eu mato as que tenho e mais algumas.
Um beijinho leitoso do teu
Leite
Escrevo-te para te dizer que és a pessoa mais doce que conheci. És tu que me dás outra cor e outro sabor.
Já não consigo viver sem ti, és tudo para mim. Juntos somos imbatíveis, eu fico todo achocolatado e todos nos olham, com inveja da forma como nos misturamos.
Meu docinho, meu coração acastanhado, eu amo-te acima de tudo. Se tudo acabasse, eu derramava-me todo, chorava com as minhas lágrimas brancas a quem tu dás cor. Sem ti não sou nada.
Quando vais para o teu armário e fico horas sem te ver, fico com imensas saudades tuas, mas quando nos juntamos eu mato as que tenho e mais algumas.
Um beijinho leitoso do teu
Leite
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
Carta de Amor ♥
Meus olhinhos lindos,
Desde a primeira vez que te vi, fiquei encandeado com a luz do sol; eras tu, meu amor.
Levas-me por todo o lado. Passo todo o dia contigo e à noite adormeço junto a ti, em cima da mesa de cabeceira.
Gosto de ver o mesmo que tu, gosto de viver junto a ti. Para sempre?
Por vezes sinto-me inseguro, tenho medo que me largues ou troques pela modernice das "lentes de contacto". Não te iludas: sou mais confortável. Mas, vendo bem, gostava de sê-las para estar colada a uma parte de ti.
Sei que quando me usas e lês aqueles textos românticos é propositado! Estás a lê-las para mim!
Espero que reflictas sobre nós.
Do teu apaixonado,
Óculos
Desde a primeira vez que te vi, fiquei encandeado com a luz do sol; eras tu, meu amor.
Levas-me por todo o lado. Passo todo o dia contigo e à noite adormeço junto a ti, em cima da mesa de cabeceira.
Gosto de ver o mesmo que tu, gosto de viver junto a ti. Para sempre?
Por vezes sinto-me inseguro, tenho medo que me largues ou troques pela modernice das "lentes de contacto". Não te iludas: sou mais confortável. Mas, vendo bem, gostava de sê-las para estar colada a uma parte de ti.
Sei que quando me usas e lês aqueles textos românticos é propositado! Estás a lê-las para mim!
Espero que reflictas sobre nós.
Do teu apaixonado,
Óculos
Carta de Amour
Minha amada Lua,
És tu quem me ilumina nas noites sombrias. Fazes mover as minhas marés. Adoro quando espelhas a tua beleza em mim, e morro de dia e nas noites em que te recolhes por trás das nuvens onde escondes o teu brilho.
Em quarto - crescente, meu sorriso surge; quando estás completa, vivo hipnotizado; em quarto-minguante, começo a entristecer e quando desapareces, o que me mantém vivo é a esperança de te voltar a ver.
És linda como só tu. Perfeita na tua janela, o céu, fazes inveja às estrelas, pois só tu brilhas em mim. A distância não importa, serei teu e amar-te-ei para sempre.
Teu eterno amado,
Mar
Alícia Ventura
És tu quem me ilumina nas noites sombrias. Fazes mover as minhas marés. Adoro quando espelhas a tua beleza em mim, e morro de dia e nas noites em que te recolhes por trás das nuvens onde escondes o teu brilho.
Em quarto - crescente, meu sorriso surge; quando estás completa, vivo hipnotizado; em quarto-minguante, começo a entristecer e quando desapareces, o que me mantém vivo é a esperança de te voltar a ver.
És linda como só tu. Perfeita na tua janela, o céu, fazes inveja às estrelas, pois só tu brilhas em mim. A distância não importa, serei teu e amar-te-ei para sempre.
Teu eterno amado,
Mar
Alícia Ventura
Açúcar e Café
Querida Açúcar
Como não sou capaz de te dizer pessoalmente o que sinto, escrevo nesta carta.
Açúcar, és o doce que me adoça a vida e me faz ficar mais saboroso. Se não fosses tu, o que seria de mim? Amargo, quente, escuro...
A vida não faria sentido se tu não existisses, tudo ficaria amargo, as pessoas morreriam. Tu fazes falta a toda a gente, mas principalmente a mim. Preciso de ti ao acordar, ao almoço, ao lanche e ao jantar. Tu fazes-me feliz.
Espero que o sentimento seja recíproco.....Eu amo-te
Muitos beijos daquele que te ama
Café
(Andreia Matos)
domingo, 3 de fevereiro de 2008
Carnaval
Este ano o Carnaval
é a 5 de Fevereiro
e ninguém leva a mal
o nosso devaneio
Estamos no Carnaval
Só queremos é folia
Esquecemos o manual
E andamos na rua todo o dia
Vemos tantos mascarados
Neste tempo altamente
Faça sol ou faça chuva
A malta anda contente
Neste tempo altamente
Faça sol ou faça chuva
A malta anda contente
Carnaval é festejos
Alegria e divertimento
Há muitos cortejos
E muito movimento
Tudo brinca, tudo ri
Saltam uns e pulam outros
Grandes ou pequenos, não interessa
O Carnaval é para todos
Alegria e divertimento
Há muitos cortejos
E muito movimento
Tudo brinca, tudo ri
Saltam uns e pulam outros
Grandes ou pequenos, não interessa
O Carnaval é para todos
Matronas, cabeçudos, palhaços
Princesas, fadas e afins
Anda tudo aos abraços
Sorrisos e pós de perlimpimpim
Alícia, Andreia, Sofia e Soraia
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
Subscrever:
Mensagens (Atom)