segunda-feira, 7 de abril de 2008

Meia culpa, meia própria culpa

Num instante feliz, a minha felicidade é feita por instantes e tu és o culpado disso.
As nossas conversas prolongadas por mensagens acabam sempre bem, trazem recordações maravilhosas, trazem-me um sorriso de orelha a orelha, uma felicidade jamais sentida; são momentos únicos, especiais, doces, bonitos e meigos, que tornam perfeito tudo o que está à minha volta, o que faz o meu coração palpitar de alegria, e me deixa perdida nas nossas recordações.
Após uma noite passada em pulgas, tudo acaba num simples olhar e num abraço, ambos frios. No outro dia tudo é diferente - é como se nada tivesse acontecido, tu és mais frio que o Polo Norte no Inverno, e mais uma vez acaba-se o meu único instante de felicidade. Depois de esperar ansiosamente por te ter nos meus braços vejo que mais uma vez não é isso que acontece.
A culpa também é minha...minha culpa de te amar, culpa de fazer tudo por ti, culpa de não resistir ao teu sorriso, culpa de estar presente sempre que precisas, culpa de fazer tudo o que tu queres. Mas afinal é isso o Amor? entregar-se de corpo e alma a uma pessoa e sofrer por essa pessoa fazer pouco desse sentimento? Meia culpa tenho eu de te amar...e sei que hoje ao deitar-me, antes de me deixar adormecer, tu mandarás mais uma mensagem e eu ansiosamente esperarei por ela, porque o amor é assim, feito de ilusões e desilusões, e mais uma vez teremos uma conversa agradável, mas desta vez não dormirei em paz, porque a minha meia culpa, minha meia própria culpa me fará sofrer no amanhecer.


Ana Carolina Paz Amorim

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